Comentário do geólogo e consultor ambiental Jubal Cabral Filho, sobre o cultivo da soja na região.
Todos sabem que sou um crítico feroz da dilapidação ambiental que a nossa região tem sofrido durante as últimas décadas: borracha no planalto, ouro no Tapajós, seixo do Arapiuns, etc. etc. etc. Este modelo de exploração ambiental e crescimento econômico que a soja proporciona causa terríveis prognósticos sobre como será a nossa natureza no futuro.
Se tomarmos como exemplo o que aconteceu no Mato Grosso, onde apesar de existir um Instituto Ambiental competente (um quadro de pesquisadores e técnicos de grande valia, como poderá confirmar o ex-prefeito Lira Maia que participou em 1997 de uma visita àquele Estado junto com outros prefeitos da Região), não conseguiram superar as pressões econômicas locais, nós estamos ferrados: nossos campos vão ser tomados pela plantação de soja em pouco tempo. O que fazer?
Então, acho que esta pesquisa não reflete a realidade de que a soja nos trouxe um certo progresso econômico, mas também trouxe na esteira as maldições de um prática fordista de desenvolvimento: aumentar a produção mecanicamente, consumindo mais e mais energia para que mais pessoas possam consumir e voltar ao estágio anterior.
A discussão deve ser completa. Será que na nossa Legislação Ambiental há uma previsão legal e provisão financeira de controle desta prática? Com quais mecanismos?
Este cuidado deveria ter sido tomado quando foi lançada a proposta de criação de Secretaria de Meio Ambiente. Não adianta inchar o serviço público se ele for ineficiente. A realidade é: NÓS ESTAMOS INSATISFEITOS COM O PLANTIO DE SOJA. Nós não temos pessoal qualificado ainda.
Comentário: Jubal, uma cópia da Código Ambiental de Santarém, aprovado no último ano do governo anterior (2004), acaba de chegar às minhas mãos. Ainda não fiz uma leitura atenta do documento. Assim que o fizer, destacarei os seus principais pontos aqui neste blog e, aos interessados, será remetido a íntegra, para que possam analisá-lo criticamente. Esse, com toda certeza, é um dos debates dos bons que tem se travado neste espaço.
Todos sabem que sou um crítico feroz da dilapidação ambiental que a nossa região tem sofrido durante as últimas décadas: borracha no planalto, ouro no Tapajós, seixo do Arapiuns, etc. etc. etc. Este modelo de exploração ambiental e crescimento econômico que a soja proporciona causa terríveis prognósticos sobre como será a nossa natureza no futuro.
Se tomarmos como exemplo o que aconteceu no Mato Grosso, onde apesar de existir um Instituto Ambiental competente (um quadro de pesquisadores e técnicos de grande valia, como poderá confirmar o ex-prefeito Lira Maia que participou em 1997 de uma visita àquele Estado junto com outros prefeitos da Região), não conseguiram superar as pressões econômicas locais, nós estamos ferrados: nossos campos vão ser tomados pela plantação de soja em pouco tempo. O que fazer?
Então, acho que esta pesquisa não reflete a realidade de que a soja nos trouxe um certo progresso econômico, mas também trouxe na esteira as maldições de um prática fordista de desenvolvimento: aumentar a produção mecanicamente, consumindo mais e mais energia para que mais pessoas possam consumir e voltar ao estágio anterior.
A discussão deve ser completa. Será que na nossa Legislação Ambiental há uma previsão legal e provisão financeira de controle desta prática? Com quais mecanismos?
Este cuidado deveria ter sido tomado quando foi lançada a proposta de criação de Secretaria de Meio Ambiente. Não adianta inchar o serviço público se ele for ineficiente. A realidade é: NÓS ESTAMOS INSATISFEITOS COM O PLANTIO DE SOJA. Nós não temos pessoal qualificado ainda.
Comentário: Jubal, uma cópia da Código Ambiental de Santarém, aprovado no último ano do governo anterior (2004), acaba de chegar às minhas mãos. Ainda não fiz uma leitura atenta do documento. Assim que o fizer, destacarei os seus principais pontos aqui neste blog e, aos interessados, será remetido a íntegra, para que possam analisá-lo criticamente. Esse, com toda certeza, é um dos debates dos bons que tem se travado neste espaço.
Comentários
Está na hora de ler comentários de uma turma que se "formou" em gestão ambiental acho que em 1997 e de outros especialistas no assunto.
Vamos participar para que possamos ter uma visão melhor de nosso desenvolvimento.