Soja, alavanca e ingenuidade

O último comentário de Carlos Trajano também mereceu contraponto do leitor que se assina Um santareno em Belém. Eis:

Ao Sr. Carlos Trajano: é interessante como o Sr. distorce o que os outros falam. O Sr. rebate os comentários feitos pelos outros usuários como se estes acreditassem que as mazelas sociais decorrem da soja.

JÁ FOI DITO E AGORA REPETIDO que ninguém é ingênuo demais para acreditar nisto. Portanto, pare de deturpar o que o que os outros dizem e apenas defenda a sua tese. Agora, ingenuidade é acreditar que "a soja é uma alavanca de desenvolvimento indiscutível". Só há desenvolvimento se houver distribuição de renda e equilíbrio no uso das matérias primas (controle do impacto sócio-ambiental).

Ingenuidade é jogar para os governos - passados e atuais - a total responsabilidade pelas dificuldades que vivemos. Ora, isso sim é estar com o pensamento no passado. Se há erro do Poder Público, há também omissão dos demais segmentos da sociedade.

O Sr. deturpa a opinião alheia quando faz acreditar que não somos capazes de distinguir "santarenos" de "santarenos". Faça-me o favor.
O Sr. mesmo se encarrega de demonstrar a falta de conhecimento do assunto em tela ao dar um exemplo que ora transcrevo:
"Um exemplo. Em breve, uma nova concessionária abriará suas portas na cidade. Os seus donos são paraenses, que vão gerar novos empregos" PERGUNTO: O Sr. já sabe quantos empregos serão abertos para poder fazer uma afirmação desta? "e tributos para os santarenos." TRIBUTOS PARA OS SANTARENOS?

Ora, os tributos não são gerados "para os santarenos". São devidos ao município e este, através de programa de governo e do orçamento é que PODE investir em favor da população.

Pelas suas palavras parece que sai do bolso do sojeiro para o prato do aluno da escola pública ou para tapar o buraco da via pública.

Comentários

Anônimo disse…
Uma coisa todos nós santarenos, ou melhor mocorongos de verdade temos certeza, " não é a soja que vai alavancar a ecônomia de nossa cidade".Temos outras opções bem mais lucrativas e interessantes na área do turismo, onde o povo de nossa cidade pode participar mais: hotéis, pousadas, pescas,eventos, cultura tapajó,trilhas, belezas naturais, praias...milhares de opções onde muitos podem usufruir e não apenas os sojeiros.
E como diz o santareno em Belém, pare de distorcer o que falamos. Nós queremos o progresso SIM só NÃO aceitamos esse desmatamento desenfreado por motivo dessa soja.
É só lembrar o que eles fizeram no Mato Grosso, acabaram com toda a floresta e correram pra cá. E esbarraram em um governo de lari-lari e se instalaram, sem sabermos que retorno trariam para nossa cidade.