Dois comentários feitos ao post Cosanpa: esgotada a paciência, de Edilberto Sena:
Leitor(a) 1:
Edilberto, municipalizar ou não esse seria o problema? Têm vantagens e desvantagens nisso, que tem que ser bem avaliadas. O problema real é a falta de água e o descaso do Estado, dono da Cosanpa. Acredito que seria melhor esperar o resultado das urnas e torcer com a derrota desse Governo. Depois ficaria mais facil definir o rumo, a mobilização popular e, inclusive a viabilidade de uma municipalização.
Nuranda:
Esperar, esperar e esperar...Eis o que fazemos padre Edilberto. Esperamos que aqueles que elegemos e pagamos resolvam nossos problemas.Parabéns por ter tocado no assunto de extrema importância para o município que tem o maior rio do mundo passando à sua frente e tem um abastecimento de água africano. Municipalizar a Cosanpa é mais do que conquistar a carta de alforria para o tão sonhado saneamento e abastecimento dignos, é a chance de provar que podemos administrar uma estatal municipal que pode servir de embrião para a futura companhia de saneamento do estado do Tapajós! Temos que pensar grande! Uma empresa de saneamento e abastecimento local só trará benefícios, porém, é preciso ter consciência de que a criação de uma empresa municipal exige competência e ética na gestão, caso contrário, teremos mais um elefante branco que só servirá de cabide de empregos para os prefeitos. Essa é a hora de vermos o grau de comprometimento e a capacidade de realização desta prefeitura. Estamos observando!
Leitor(a) 1:
Edilberto, municipalizar ou não esse seria o problema? Têm vantagens e desvantagens nisso, que tem que ser bem avaliadas. O problema real é a falta de água e o descaso do Estado, dono da Cosanpa. Acredito que seria melhor esperar o resultado das urnas e torcer com a derrota desse Governo. Depois ficaria mais facil definir o rumo, a mobilização popular e, inclusive a viabilidade de uma municipalização.
Nuranda:
Esperar, esperar e esperar...Eis o que fazemos padre Edilberto. Esperamos que aqueles que elegemos e pagamos resolvam nossos problemas.Parabéns por ter tocado no assunto de extrema importância para o município que tem o maior rio do mundo passando à sua frente e tem um abastecimento de água africano. Municipalizar a Cosanpa é mais do que conquistar a carta de alforria para o tão sonhado saneamento e abastecimento dignos, é a chance de provar que podemos administrar uma estatal municipal que pode servir de embrião para a futura companhia de saneamento do estado do Tapajós! Temos que pensar grande! Uma empresa de saneamento e abastecimento local só trará benefícios, porém, é preciso ter consciência de que a criação de uma empresa municipal exige competência e ética na gestão, caso contrário, teremos mais um elefante branco que só servirá de cabide de empregos para os prefeitos. Essa é a hora de vermos o grau de comprometimento e a capacidade de realização desta prefeitura. Estamos observando!
Comentários
Não podemos Municipalizar a Cosanpa, temos que Municipalizar os serviços que a Cosanpa presta. Ou seja, O ABASTECIMENTO DE AGUA, que nestes tempos de verão está bastante "vasqueira".
Aproveitando a onda, me responde uma coisa:com sua reconhecida sapiencia, você é contra ou a favor de Privatizar esses serviços?
Saudações,
Um Santarenos adotivo, porém apaixonado por esta terra.
Minha "sapiência" esbarra no reconhecimento de que muito pouco sei e que meus desprezíveis pontos de vista muito pouco influenciam esta ou aquela decisão... é só um exercício de cidadania de expor publicamente o que penso a respeito da atuação dos gestores do nosso dinheiro.
Concordo e compreendo a sua retificação. Municipalizar a cosanpa não é possível, mas o município pode criar uma empresa ou disponibilizar a concessão para que uma outra empresa (privada ou pública) administre os serviços de saneamento e abastecimento de água.
A discussão sobre o modelo de gestão de empresas concessionárias de serviços públicos é complexa. Na minha concepção, empresas estatais bem geridas podem ser tão ou mais eficientes do que empresas privadas, entretanto, em nosso sistema político podre e na falta de caráter, competência, ética e compromisso dos que são pagos para gerir nossos impostos, o que ocorre é a deturpação do conceito de empresa estatal, onde o objetivo da empresa muda de prestadora de serviços em áreas essenciais e converte-se em mero cabide de empregos de gente desqualificada e incapacitada para o cargo... vide CDP, Cosanpa, SUDAM, etc... Sem contar nos desvios de vultosas quantias para os próprios bolsos.
Temos ótimos exemplos no Brasil de empresas estatais funcionais e eficientes, mas são tão poucas perto do universo de inoperância que por estatística, somos obrigados a admitir que a gestão privada tem demonstrado resultados muito melhores no atendimento ao público e pulverização dos serviços.
O modelo de privataria do governo Fernando Henrique entregou de mão beijada as nossas estatais, tanto as eficientes como as ineficientes por preços ridículos e ainda com financiamento público... uma verdadeira pirataria do patrimônio do povo brasileiro que poderia ter sido amplamente investigada por este governo que absolutamente nada fez além de engavetar as denúncias e provas.
Por outro lado, as privatizações exigiram a criação das agências regulatórias que vem sendo sucateadas pelo governo Lula, tornando o modelo privado tão ineficiente do ponto de vista social quanto o antigo modelo estatal.
Bom, tenho receio de ser mal interpretado, mas a quebra do monopólio estatal e a possibilidade de haver concorrência na prestação dos serviços tem se apresentado como um modelo muitíssimo mais eficiente do que o modelo anterior baseado somente na atuação de uma empresa pesada e ineficiente.
O funcionamento desse modelo depende da atuação FUNDAMENTAL de agências regulatórias e contratos muito bem delineados, estipulando prazos, metas e contrapartidas obrigatórias por parte das prestadoras de serviço, onde o beneficiário, DEVE ser, obrigatriamente, o bem estar da população.
Para exemplificar, a telemar, como prestadora de serviços, teve, por força de contrato e da agência reguladra (Anatel) que instalar orelhões nos confins da amazônia e em tribos indígenas, Ou seja, para pegar a aprte boa, tem também que arcar com a distribuição de serviços em áreas pouco lucrativas. O mesmo poderia ocorrer com as empresas de saneamento e abastecimento regidas pela ANA.
É muito difícil que uma pessoa sensata diga que os serviços pioraram depois das privatizações, o que houve, de fato, foi a possibilidade de reclamar por eles, o que dá a impressão de que por não haver reclamações antes, o serviço era melhor.
Vale lembrar que era impossível fazer reclamações ou ter o mínimo de direitos enquanto o controle e o monopólio era estatal... O mesmo ocorre agora com a Cosanpa.
Só quem se lembra que telefone era um bem caríssimo e que somente poucos tinham o direito de ter é que sabe do que falo. Hoje qualquer pessoa pode ter seu telefone e se der algum problema, tem a quem recorrer. Se o cidadão sabe que tem direitos e os usa é outra história.
Sei que tudo isso que disse é o lado Ideal, e que a realidade é um pouco diferente, mas se ainda há alguma esperança de que as nossas instituições funcionem, creio que o modo mais eficiente do estado atuar em relação aos serviços públicos é agindo como orientador das políticas de prestação de serviços públicos e não como agente direto pois historicamente nunca deu certo, ou se deu, não foi aqui.
Desta forma, meu caro conterrâneo que compartilha a mesma paixão que eu por esta terra, sou tentado a ser favorável ao oferecimento da oportunidade de que uma empresa PRIVADA preste serviços de abastecimento e saneamento da cidade, com o estabelecimento de metas de expansão, atendimento de áreas críticas, delimitação da qualidade mínima dos serviços e uma política de preços justos ao consumidor. Com um contrato bem amarrado o poder público pode exigir, fiscalizar e punir, se preciso for, o não cumprimento das metas, algo que não ocorre ou é impraticável com uma empresa estatal. bom, nem preciso provar isso, basta abrir a torneira da sua casa.
Com isso, não precisaremos mais implorar para este ou aquele político resolva nosso problema de abastecimento pois a história nos mostra que com a Cosanpa, a população só teve péssimos serviços, aborrecimentos e até problemas de saúde.
Resta saber se os nossos governantes atuais tem a capacidade mental de saber estabelecer metas, objetivos e obrigações para que uma prestadora externa atue de forma eficiente e solucione os gravíssimos problemas que a cidade enfrenta. Eu particularmente duvido muito que tenham pois simpesmente não demonstraram nada próximo a isso nem com a própria gestão.
e a nós, resta somente esperar a noite chegar para poder encher nossas caixas d´água e tentar tomar um banho pra refrescar a cabeça!
Abraço!