Niemeyer e o memorial

Do leitor que se assina João Cabano, sobre a foto de Manuel Dutra no Olhar do leitor:

Jeso, volto a postar um comentário em seu blog depois de algum tempo afastado por motivos de trabalho. Como apaixonado pelo tema, ao ler o texto do jornalista Manuel Dutra sobre sua própria foto, lembrei que estive na inauguração do Memorial à Cabanagem há quase 22 anos (que serão completados em 07.01.2007) e havia guardado o recorte do jornal em que o artista-arquiteto Oscar Niemeyer explicava à imprensa, oito meses antes, qual era a sua idéia em relação ao monumento e que passo a transcrever:

“Será todo em concreto, com uma inclinação acentuada apontando para um ponto sem fim, representando a história. Terá, no meio, uma ‘fratura’. Um pedaço do monumento que jaz no chão, representando a ruptura do processo revolucionário da cabanagem, a sua derrocada. Mas como a cabanagem continua viva na memória do povo paraense, o bloco continuará subindo para o infinito. Terá 15 metros de altura e 20 de comprimento. O museu-cripta que abrigaria os restos mortais de Batista Campos, Eduardo Angelim, Francisco e Antônio Vinagre e de Clemente Malcher, conterá cinco criptas e um vitral da artista plástica italiana Marianne Perretti, a mesma autora dos vitrais do Memorial a JK, em Brasília”.


Eis “os ideais essencialmente humanos”, a que se refere Manuel Dutra, com toda a propriedade.

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