Uma solução didático-pedagógica
Nelson Vinencci (*)
Sempre haverá um ser desavisado ou desinformado, ou sei lá como devemos rotular esse tipo de gente, que vai ousar em sair pela praia com seu carrão 4x4. Penso que devemos combatê-lo pela principal razão: a praia é dos animais e das pessoas, não das máquinas.
Acompanho a luta do cidadão santareno Erik Jennings, porque ele realmente ama esta terra, e sua qualificação profissional lhe permite morar em qualquer lugar civilizado deste planeta, entretanto faz questão de cuidar do seu povo e das coisas boas que temos por aqui.
Vou apresentar uma solução simples, pensei depois que li alguns textos do Blog. Quem vai com o carro para praia é o dono do veículo que deve ser uma pessoa de meia idade ou o filho jovem e garotão. Certamente deve ter na casa desse cidadão a molecada que não participa dessa maldita aventura. Logo, esse garoto deve estudar ou no Dom Amando, Carequinha, FIT, Ulbra, Santa Clara, Sheib, Abelhinha etc. Avalio pelo poder aquisitivo de quem tem um 4x4.
Claro que o moleque é excluído do passeio anti-ecológico. Então pensei em convocar esses moleques para serem AGENTES ECOLÓGICOS MIRINS. As escolas, junto com os amigos da praia e da paz na areia, organizam-se com as crianças neste verão para irem a praia fiscalizar e fazer caminhadas, com brincadeiras infantis aos domingos, no sentido de que o filho desse infrator fosse o questionador dos atos do pai ou dos irmãos mais velhos.
Finalizo acreditando que além das escolas formarem para o futuro pessoas conscientes de que a praia não é para máquinas e sim para as pessoas, vai ficar ridículo para o pai ou o irmão mais velho saber que o irmãozinho é um AGENTE MIRIM ECOLÓGICO e ele está com o seu carrão contrariando a formação dessa criança.
Mas a intenção maior é levar para dentro dos lares a discussão sobre os carros na praia pelas crianças. Aos professores, fica a sugestão. Comecem a pensar nisso como uma matéria da sua escola no Fantástico, com a primeira turma de AGENTE ECOLÓGICO MIRIM da Amazônia.
---------------
* É cantor, compositor e designer gráfico. Nascido em Oriximiná, reside em Santarém.
Comentários
Agente ecológico mirim?
De familia de classe média a alta?
Dê duas razões prá eles participarem desta jornada. Nem prá aparecer em programa de TV eles vão.
Se os filhos do Nivaldo Pereira -que é um defensor ferrenho dos madeireiros, sojeiros e outros "eiros" - participar disto vão levar porrada do pai.
Nem professor qualificado em meio ambiente as escolas contratam. Ou você acha que tudo funciona com esta sua facilidade incrível?
Pergunta: será que você cuida de sua água tratada? Ou separa seu lixo em orgânico ou não orgânico? Que tal começar por sua casa, depois pela sua rua e ir avançando pelo seu bairro?
Tem primeiro que participar.
Coloquei uma possível solução para o problema dos carros e motos nas praias e você quer que eu mude o sistema educacional brasileiro e ainda me desqualifica. Quer dizer que seu eu não separar meu lixo, não posso argumentar contra problemas ambientais. Criticar por criticar é pura ignorância. Pense bem também no que você escreveu.
Se eu separar meu lixo, a empresa que coleta tem setor de reciclagem? Não! Então, eles vão misturar tudo. Aí, o problema é com a prefeitura. Pense bem antes de escrever por escrever.
Nelson Vinencci
Um Santareno adotivo, apaixonado, porém Indignado
Vento do Norte
O Nelson tocou na questão fundamental: educação. Deu uma idéia e refletiu sobre ela. Não tenho dúvida, que necessitamos de uma formação mais valorizada em nossas peculiaridades culturais e ambientais. Caso contrário, teremos em futuro próximo o estacionamento de Salinas na ponta da Maria José, Parque aquático de pvc montado no Mapiri e permitiremos algo parecido como o boi de Parintins chifrando o Sairé. Fico feliz em contar com você nesta luta !
Qual é dotor. Esse papo de educação só trará resposta daqui a 10 ou 20 anos. Precisamos convocar, nem que seja preciso, a turma da academia. Pode ser que quando a turma do "Catatau do Trombetas" estiver educada, talvez não exista mais praia pra molecada se divertir. No momento, o caso é de polícia, ou da "subversão cabocla". Sem esse lari lari.